segunda-feira, 11 de março de 2013

Eslovênia proíbe o uso de animais selvagens em circos


Parlamento esloveno aprova emenda à Lei de Bem-Estar Animal, e o país se torna o quarto na União Europeia a colocar um fim à exploração de animais selvagens em circos


Elefantes asiáticos (Elephas maximus) aguardam a hora do espetáculo em um caminhão de circo, onde passam quase todo o seu tempo
(Foto: ©Four Paws/Fred Dott)

Na última sexta-feira, a Eslovênia deu um grande passo e estabeleceu um novo padrão para a proteção de animais no país. O Parlamento esloveno aprovou uma emenda à Lei de Bem-Estar Animal que proíbe o uso de animais selvagens em circos e em eventos similares e contempla também a proteção de animais ligados a outras atividades no país, como indústria de peles, laboratórios e frigoríficos, além de estabelecer um registro central para cães.

Além da Eslovênia, já proibiram o uso de animais em circos Holanda, Áustria, Bolívia, Bósnia-Herzegovina, Costa Rica, Croácia, Grécia, Israel, Paraguai, Peru e Cingapura. Na Alemanha, há forte pressão sobre o Ministério da Agricultura para que aprove uma lei similar. No Brasil, o Projeto de Lei 7.291, de 2006, aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados. Leia mais sobre isso em "Holanda anuncia a proibição do uso de animais silvestres em circos".

Em circos, os elefantes, seres altamente sociáveis e inteligentes cuja saúde física e mental depende essencialmente da constante movimentação de seus grandes corpos e de desafios intelectuais, vivem confinados e acorrentados, durante toda a vida, e são forçados a realizar truques tolos e inadequados a seus organismos.

O uso de animais em circos tem sido objeto de críticas no mundo todo. Já foram amplamente documentados maus-tratos brutais aos animais, incluindo  confinamento perpétuo em jaulas apertadas, transporte inadequado por longas distâncias, sofrimento contínuo, surras. É comum que os animais sofram surtos e firam ou matem seus tratadores, colocando também em risco o próprio público dos espetáculos. 

Elefantes são seres extremamente adaptáveis e, quando resgatados e enviados a santuários de vida selvagem, onde podem viver na natureza e na companhia de outros elefantes, sua recuperação é extraordinária. Saiba mais em  "A nova vida de Lucky".

Lucky, resgatada de um circo, em sua nova vida no santuário ENP,
na Tailândia (Foto: © Lek Chailert) 
 

Leia o estudo da ElephantVoices sobre elefantes em cativeiro e na natureza "Mente e Movimento - Indo ao Encontro dos Interesses dos Elefantes", escrito por Joyce Poole e Petter Granli, da ElephantVoices.