Uma das artes finais desenvolvidas pela artista novaiorquina Asher Jay para a campanha da ElephantVoices. |
A ElephantVoices lançou uma campanha contra o comércio de marfim, que se baseia em duas poderosas peças gráficas da artista novaiorquina Asher Jay. As imagens, com os slogans CADA PRESA CUSTA UMA VIDA, NÃO COMPRE MARFIM e CADA PRESA CUSTA UMA VIDA, PAREM COM O COMÉRCIO, são dirigidas a compradores potenciais e tomadores de decisão, expressando nossa visão de que a única maneira de parar com a matança desenfreada de elefantes é sufocar a demanda por marfim e parar com o comércio. Há versões em Inglês, tanto das imagens como dos slogans, e versões em chinês das imagens, com o slogan NÃO COMPRE MARFIM. Você pode ver todas as versões acessando este link e clicando em uma das duas imagens que aparecem.
Toda a cadeia de países e pessoas envolvidas, desde o comprador de marfim até o caçador em campo, tem que ser inspirada e forçada a parar com as mortes. Como uma nova superpotência, e presentemente consumindo um volume gigantesco de marfim, a China tem uma grande responsabilidade em garantir que a matança pare.
Com a ajuda de colaboradores, a ElephantVoices está tentando alcançar o mundo todo com essas mensagens. Precisamos de sua ajuda, também. Milhões de pessoas, consumidores potenciais de marfim, não sabem que elefantes estão morrendo em números recordes por causa de enfeites e peças de decoração. Pedimos a cada um e a todos vocês que espalhem esta mensagem amplamente.
Por favor, vá até a Central de Documentos da ElephantVoices para fazer download dos arquivos apropriados. Mantendo o nome da artista e o da ElephantVoices intactos, em respeito aos direitos das imagens, espalhe a mensagem por todos os meios possíveis. Compartilhe em sua página do Facebook, nas redes sociais asiáticas e onde mais puder. Faça camisetas, adesivos para carros, pôsteres e cartazes. Use-os, dê-os para amigos, coloque-os em sua casa, no seu carro, na sua mochila. Organize caminhadas, encontros, contate sua mídia local, discuta com seus amigos. Aja AGORA. O terror é iminente para os elefantes.
Você pode ver todos os arquivos disponíveis através deste link, e fazer download dos que escolher, para qualquer uso não comercial, com objetivo de reduzir o mercado global de marfim e a matança de elefantes.
Imagem 1: Estrelas Amarelas Irradiam Luz (note que o elefante em ideogramas chineses significa “China”)
Há muitas pessoas comprando marfim em demasiados países. A demanda atual por presas de elefantes é insustentável e está rapidamente exterminando os elefantes da África. A maior demanda é na China e, portanto, o governo chinês e seu povo têm uma grande responsabilidade para tomar a liderança para acabar com a dizimação dos elefantes. A China teve permissão de adquirir uma quantidade restrita de marfim apreendido e estocado, uma decisão tomada pela comunidade internacional que resultou num grande dano aos elefantes. Noventa por cento do marfim disponível na China é proveniente da matança de elefantes. Sua origem, portanto, é ilegal; seu comércio, idem. Os compradores chineses merecem saber que dezenas de milhares de elefantes estão sendo mortos a fim de abastecer o comércio de marfim. Cada presa custa uma vida.
A China tem a capacidade de conscientizar o público, além de impor suas severas leis para rapidamente sufocar o comércio, a compra e a caça ilegal. A China pode coibir seus cidadãos que estão causando a destruição do patrimônio e da biodiversidade da África, e, ao mesmo tempo, proteger seus enormes investimentos no continente africano. Pedimos à China que aja agora para acabar com qualquer comércio de marfim. Não podemos permitir a perda de uma espécie-chave da África. 中国 Zhōngguó significa China. O poder da estrela é necessário para salvar os elefantes africanos do extermínio.
Imagem 2: Valores de Família
As presas de “marfim” do elefante são dentes inervados, compostos por dentina, que crescem durante toda a vida, acrescentando dois centímetros a cada ano. Não são trocadas como as galhadas dos cervos, não caem sozinhas e simplesmente não podem ser removidas de elefantes vivos. Para obtê-las, você precisa golpeá-las com um machado. As presas de elefantes machos são muito maiores que as das fêmeas. Os caçadores ilegais visam aos elefantes com as maiores presas, matando, primeiramente, os machos maduros, em idade reprodutiva. Quando todos estão mortos, os caçadores focam os machos mais jovens.
As sociedades dos elefantes, hoje, se parecem com as comunidades humanas após uma prolongada guerra: a maioria dos elefantes patriarcas, os de grandes presas, se foram. Não há modelos de conduta para seus filhos machos. Conforme o número de elefantes machos disponíveis para caça declina, os caçadores se voltam para as fêmeas mais velhas - as líderes das sociedades dos elefantes. Eles escolhem primeiramente as integrantes mais velhas da família, matando as matriarcas, uma a uma. Conforme o preço do marfim aumenta com a crescente demanda, os caçadores matam as mães e as filhas, causando a desintegração de famílias inteiras. Um elefante filhote, assim como uma criança humana, não pode sobreviver sem os cuidados amorosos de sua mãe. Os órfãos de elefantes da África estão sucumbindo em grandes quantidades à fome, à tristeza do luto e à morte. Os comerciantes e compradores de marfim estão devastando as famílias de elefantes da África. O mundo tem obrigação moral de proteger as sociedades de elefantes, certamente um teste crucial dos valores humanos.
A ElephantVoices foi fundada em 2002 e trabalha globalmente pelos interesses dos elefantes. Sua missão é inspirar a admiração pela inteligência, pela complexidade e pelas necessidades dos elefantes e garantir a eles um futuro melhor, através de pesquisa, conservação e compartilhamento de conhecimentos. A cofundadora Dra. Joyce Poole é uma especialista em elefantes reconhecida mundialmente e os tem estudado e trabalhado por sua conservação e bem-estar desde 1975.
Sobre a CITES
A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES é um dos acordos ambientais mais importantes para preservação das espécies, tendo, como signatários, a maioria dos países do mundo (177). O Brasil aderiu à Convenção em 1975. O Decreto nº 76.623/1975 promulgou seu texto, que foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, do mesmo ano.
A CITES regulamenta a exportação, importação e reexportação de animais e plantas, suas partes e derivados, através de um sistema de emissão de licenças e certificados que são expedidos quando se cumprem determinados requisitos.
A implementação das disposições da CITES no país ocorreu por meio do Decreto no. 3.607, de 21 de setembro de 2000. Este Decreto, entre outras providências, designou o IBAMA como Autoridade Administrativa, com atribuição de emitir licenças para a comercialização internacional das espécies constantes nos Anexos da CITES e, como Autoridade Científica, o Jardim Botânico/RJ, ICMBIO e também o Ibama.
A próxima reunião da CITES se dará de 3 a 14 de março deste ano.
Acesse aqui o Comunicado para a Imprensa.
Acesse aqui o texto da campanha em Inglês, na página de internet da ElephantVoices.