Não poderia ser pior a situação dos elefantes no Bouba Ndjida National Park, em Camarões. Os animais, já ameaçados, estão sendo massacrados por caçadores em busca de marfim. Muitos filhotes de elefantes órfãos foram avistados e correm o risco de morrer de sede e fome.
Com o dinheiro resultante da venda do marfim nos mercados asiático e europeu, armas são compradas para abastecer os conflitos regionais que acontecem, particularmente, no Sudão e na república Centro-Africana. Camarões possui uma fronteira muito permeável com o Chade, e é através dele que os rebeldes armados do Sudão e da República Centro-Africana avançam em gangues, montados à cavalo, à procura de elefantes.
Desde janeiro deste ano, aproximadamente 500 elefantes foram vítimas desse comércio ilegal. De acordo com oficiais da República Centro-Africana, uma repressão massiva foi lançada sobre os furtivos caçadores. Quantos elefantes ainda estarão em sua mira até que os governos coloquem um fim ao comércio de marfim?
Desde janeiro deste ano, aproximadamente 500 elefantes foram vítimas desse comércio ilegal. De acordo com oficiais da República Centro-Africana, uma repressão massiva foi lançada sobre os furtivos caçadores. Quantos elefantes ainda estarão em sua mira até que os governos coloquem um fim ao comércio de marfim?
A CNN entrevista o Diretor do Santuário de Elefantes do Tennesse,
Rob Atkinson, sobre a matança de elefantes na África, causada
pelo consumo de marfim, e o que deve ser feito a esse respeito.
Rob Atkinson, sobre a matança de elefantes na África, causada
pelo consumo de marfim, e o que deve ser feito a esse respeito.
O mercado de marfim e a população mundial de elefantes
Em 20 de julho de 2011 o governo do Quênia queimou, no Tsavo West National Park, em uma importante cerimônia, aproximadamente 5 toneladas de marfim contrabandeado apreendido, originárias principalmente no Malawi e na Zambia. Foi a quarta queima de marfim desse gênero (duas já haviam sido feitas no Kenya - 1898 e 1991 - e uma na Zambia - 1992). Em 2010, na CoP 15 da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Flora e da Fauna (CITES), em Doha, Qatar, a ElephantVoices estava entre as organizações que se opunham fortemente a qualquer comércio de marfim - numa importante vitória dos elefantes, a CITES votou contra a requisição da Tanzania e da Zambia de vender seus estoques de marfim.
A ElephantVoices parte do fundamento de que o mercado global potencial para o marfim é, de longe, muito maior do que toda a população de elefantes do mundo seria capaz de suprir. Qualquer mercado para o marfim estimula o aumento da demanda e, consequentemente, o mercado ilegal e a matança de elefantes. As vendas de estoques de marfim realizadas em 2007 pela África do Sul, Botswana, Namibia e Zimbábue para a China e o Japão, a depeito de um caloroso debate, apenas estimularam a demanda, o desenvolvimento de novas rotas de caça e as manufaturas de artefatos de marfim, com consequências devastadoras para os elefantes africanos nos anos subsequentes.
A ElephantVoices solicita que os governos e as instituições às quais compete a aplicação da lei, no mundo todo, ajam com firmeza na contenção da escalada do mercado de marfim, do contrabando e da matança ilegal dos elefantes. E esperamos que a queima simbólica de marfim do dia 20 de julho de 2011 inspire pessoas e países a trabalharem juntos pela proteção dos elefantes.
Saiba mais sobre o mercado de marfim e compartilhe as informações com seus amigos, colegas, imprensa. Ajude a colocar um fim ao mercado de marfim. Os elefantes precisam desesperadamente de ajuda.