sábado, 7 de setembro de 2013

India estuda proibir totalmente do uso de animais em circos


Circense desliza sob um elefante, em apresentação
de circo em Siliguri, na India (Foto: AFP).

“Todo mundo gosta do circo, mas ninguém vê o que está acontecendo por trás da cena, o modo horrível como os animais são tratados e mantidos”, afirma S. Umarani, Secretário do Conselho de Bem-Estar Animal da India - Animal Welfare Board of India (AWB) -, órgão do governo, criado em 1962 pelo Ministério da Agricultura e transferido, em 1990, para o Ministério do Meio Ambiente e Florestas. 

“Temos que estabelecer a legislação correta para acabar com a crueldade. Por isso, o Conselho recomendou uma proibição total. Agora, o Ministério vai considerar e retornar”, disse Umarani. 

Já existe uma proibição em vigor na India para a apresentação de muitos animais selvagens e ameaçados de extinção, incluindo ursos, macacos, tigres, panteras e leões, mas essa mais recente proposta abrange todo e qualquer animal. 

Os elefantes ainda são usados amplamente nos circos indianos, a despeito de uma proibição que entrou em vigor em 2009, afirmam ativistas, que também denunciaram ter descoberto recentemente elefantes e cavalos acorrentados por longos períodos, cães alojados em gaiolas minúsculas e tratadores embriagados. 

Em julho, a Bélgica anunciou a aprovação de uma lei proibindo o uso de animais selvagens em circos, seguindo os passos de Holanda, Áustria, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Grécia, Chipre, Israel, Peru, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Costa Rica e Cingapura.

O governo britânico também planeja proibir o uso de animais selvagens em circos, a partir de 1 de Dezembro de 2015. Esse prazo é para que os donos de circo tenham tempo para adequar seu negócio e encontrar locais apropriados para destinar os animais, segundo David Heath, Ministro da Agricultura no Reino Unido. 

No Brasil, o Projeto de Lei 7.291, de 2006, aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados. 

Link para a reportagem do The Raw History sobre a proibição na India.



Tradução, revisão e edição: João Paiva, Teca Franco, Junia Machado.







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